DOAÇÃO

setembro 10, 2012
SEJA UMA COLABORADORA!     DOE!
 
Comida:
Alimentos não perecíveis  – Leite integral líquido – Água Mineral.
 
Geral:
Produtos de higiene e limpeza, detergente, álcool, Band-aid, esparadrapo, atadura de crepon,  Maca, Cadeiras plásticas, Tecido branco, tolhas, lâmpadas, etc.
 
Valores:
Bradesco – Agência: 2979
Conta Poupança: 1000161-7
 
Se vc conhece quem deseje DOAR imóvel
Para CENTRO BENEFICENTE, nos contate.
Terei prazer em mostrar nosso projeto.
Local: Pompéia – São Paulo – SP.
 
 CENTRO BENEFICENTE DR.GUILHERME TAYLOR
Contate-nos pelo email:
cbguilhermet@hotmail.com
Local: Bairro Pompéia – Capital – SP
 

COLABORAÇÃO

setembro 14, 2009

Existe diferença entre cobrar e pedir colaboração.

Umbanda é uma religião sem preconceitos, mas sofre preconceito.

A falta de respeito e a questão financeira são as mais polêmicas.
Saliento que Umbanda é caridade que não se paga, é amor que não se mede e é dedicação que não se discute. É a oblação natural a Deus pela natureza.

Por isso a Umbanda ajuda, sem cobrar, mas pode pedir.

Quando um dirigente fala em ajuda material tem consulente que pensa: “Estava demorando! Eu sabia que essa coisa de umbanda é macumba mesmo! – e vai embora falando horrores.

O problema é que este consulente esquece que ele lavou as mãos, que deu descarga no banheiro, o chão está limpo, as luzes estão acesas, que há velas no altar, que ele é defumado, Iimpo e irradiado pelos elementos magísticos, que existe um imóvel pelo qual se paga impostos, aluguel… Uma infinidade de coisas! E no próximo trabalho o Espaço estará lá: novamente de portas abertas com o chão limpo, as luzes acesas, velas no altar, material sendo doado as pessoas que necessitam…

Não percebe que há necessidades básicas para se realizar uma Gira, sessão mediúnica, trabalho espiritual e que o consulente tem o dever de quando puder, colaborar. Afinal de contas ele se aproveita do local.

Cada caso é um caso. Qual é a porcentagem de pessoas que pedem para se beneficiarem materialmente? Logo depois, com o progresso concretizado, com qual atitude se comportam? Será que se lembram de quem lhes orientou? Agradecem? De que jeito?

Tudo é composto de energia. Quando uma entidade ativa um ritual magístico sabe o que está fazendo, quais os fundamentos e elementos devem ser usados para ajudar o consulente naquele momento.

O entendimento de que a ajuda financeira ou material também pode vir da assistência, e não somente do corpo mediúnico, é necessário e deve ser encarado naturalmente sem nenhum tipo de constrangimento.
Todos devem comentar sobre o assunto. Pois se não pedirem ninguém colabora, tanto o corpo mediúnico e a própria assistência.

Observem: A igreja católica pede e incentiva o dízimo com agradecimentos públicos e visitas particulares  e ninguém xinga o padre. Nos centros kardecistas as pessoas doam imóveis com muito orgulho: casas, sítios, terrenos, etc. Os pastores desafiam os fiéis a “dar uma prova de fé” e as igrejas evangélicas estão tornando-se uma potência religiosa.

Tudo muito natural, não? Para eles sim, mas para os dirigentes quando há a necessidade de falar sobre colaboração, morrem de vergonha e são taxados de macumbeiros.

Conclusão: o dirigente e alguns médiuns literalmente pagam para abrir as portas do Espaço Umbandista, fazer a caridade e ajudar o Assistido e Consulente, que são os maiores beneficiados.

Certas pessoas depois de satisfeitas nas orientações ou realizações,  falam mal da Umbanda. Outras sem ao menos conhecer a fundo cada caso ou questão, tiram conclusões precipitadas.

Pai Oxalá abençoe a todos companheiros de caminhada terrena, irmãos de fé, trabalhadores da Umbanda.
Umbanda que não cobra nada, mas necessita de colaboração.

DOE,  ARRECADAMOS:

ALIMENTOS PARA CESTAS BÁSICAS

ÁGUA MINERAL PARA FLUIDIFICAÇÃO.

MATERIAL DE HIGIENE E LIMPEZA.

Contate-nos pelo email: antoniotaro@hotmail.com

Local: Pompéia – São Paulo – SP.

EXU DA TRONQUEIRA

agosto 11, 2009

Da entrada do terreiro observo os trabalhos. Os médiuns ocupam seus lugares. Velas já firmadas. Pontos irradiando.
Todos integrantes começam a bater cabeça enquanto a vibração dos pontos cantados e tocados pelos atabaques diversificam-se pelo salão. O dirigente recebe as coordenadas. Os mentores e guias irmãos ficam preparados.
Na assistência esperam consulentes, pessoas que frequentam a casa assiduamente, outros vindos pela primeira vez indicados por amigos. Umas pessoas estão emocionadas, não sabem explicar. Eu sei..são seus mentores que se fazem presentes.
Outras estão suando, passando mal, agoniadas, querendo sair. Espíritos trevosos vieram com elas, mas entendendo onde estão agora, prezam para sair antes que sejam capturados e resgatados. Com certeza não poderão sugar mais energias das pessoas que acompanham no plano terreno.
O dirigente inicia os trabalhos.Na corrente um médium bambea, parece que vai cair. Observo seu caboclo ao lado.
O médium é iniciante, não está totalmente integrado ao seu guia. Com fé e paciência, com o tempo, certamente incorporará seu caboclo. Demais médiuns da corrente já incorporaram.
O caboclo chefe manifesta-se no dirigente igual a primeira vez quando trouxe as primeiras mensagens.
Na sequencia que outros caboclos chegam a energia positiva se multiplica. A egrégora é fortificada.
Estes caboclos durante os passes retiram da assistência os obcessores, eguns e kiumbas. Limpam as pessoas perturbadas.
De um jeito sério e fraterno transmitem paz e segurança. Consequentemente levando esperança a muitas pessoas que têem em mente que seria o ´´último “lugar que procurariam ajuda na sua agonia. Agora sentem-se aliviadas.
Digo por experiência que em breve algumas delas estarão manifestando seus guias.
Todavia acostumado ver esta situação sempre me emociono.
De onde estou continuo a acompanhar os trabalhos.
Na assistência uma jovem que permanecia sentada, de repente levanta-se e pôe a vociferar.
Moça de voz melodiosa e serena transforma-se totalmente. Sua voz fica grave e arrogante.
Ela tenta agredir os cambonos da casa, que são médiuns auxiliares, habitualmente conduzam os necessitados para o salão principal onde são realizados os trabalhos.
O kiumba que acompanha a jovem é perigoso e ao cruzar a entrada: grita e xinga tentando machucar a moça possuida.
Tudo isso devido ela ter se afinizado com ele, pensando negativamente, acompanhando amigas em lugares de baixas vibrações, tomar atitudes contrárias ao modo que foi bem criada, permanecer ao lado de uma pessoa que não entende a caridade, entre outras situações.
Os caboclos alertas abrem a roda. Os atabaques soam em ritmo apropriado para a descarga energética.
O caboclo chefe olha para outro irmão de luz, que entendendo rodeia a moça criando um campo de força para que ela não se machuque. O caboclo da moça também irradia com força sobre ela.
Chegou minha hora, aproximo-me tranquilamente. O kiumba desesperado tenta evitar meu olhar.
Não percebeu, mas já teve suas forças exauridas pelos elementos dos trabalhos.
Sorrindo vou em sua direção. Ele ofende, grita e esbraveja.
O caboclo ordena pelo meu apoio.
Dou um salto na qual encosto a lâmina de minha espada no pescoço do kiumba. Domino-o com facilidade. Chamo outros guardiões que o amarram e colocam no liame, á beira de um círculo de velas. Durante os estudos os médiuns chamam de Mandala Ígnea. Um portal magístico.
O kiumba se joga dentro. Preferiu ser resgatado a uma dimensão paralela, para seu próprio aprendizado e evolução.
Foi esperto… se ficasse iria perder a garganta.
Outros kiumbas menores também são capturados e levados a lugares de merecimento.
A moça volta ao estado normal. Algumas pessoas da assistência comentam que as velas em poucos minutos queimaram muito rápido, estão no fim, faltando pouco para acabarem. Os menos entendidos colocam a razão num vento que não existiu ou na parafina que poderia ser fraca.
Não sabem eles o trabalho benéfico que se faz no astral durante o tempo que permanecem sentados.
Acham muito o tempo para espera. Eu acho pouco o tempo para trabalho.
Enfim, nós mentores e guias fazemos o que podemos segundo necessidade e merecimento de cada um.
Os caboclos acabam os descarregos tirando os resíduos e agradecem meu auxílio.
Volto ao meu lugar na tronqueira e observo o fim dos trabalhos.
Minhas velas, charutos e marafos estão firmados para segurança.
Os trabalhos terminam, todos se vão felizes.
E eu na porteira estou…Sentinela.

Mensagem do Caboclo:

A têmpera do espírito se molda com as suas atitudes. Os encarnados que almejam chegar em algum lugar devem ter fé e observar os bons exemplos dos irmãos terrenos e seguí-los com resignação. A hierarquia respeitada pelo espírito é sinônimo de lucidez e entendimento. O tempo cronológico terreno não é nada perante a eternidade dos Planos Espirituais. Várias são as Colónias Espirituais que se espalham envoltas da Crosta Terrestre, prontas para receberem os novos irmãos que lá chegarão após desencarnarem. Impreterivelmente vão se coligando conforme afinidade e com sede de evolução uma vez que desperdiçaram o tempo enquanto tiveram em Plano Terreno, encarnados, ligados aos vícios de toda sorte. Mas todos os espíritos terão serventia perante o Criador. Os Guardiões responsáveis pelo direcionamento destes irmãos já os observam desde pretéritas ações que lhes compõe o currículo eterno, terão o merecimento reeducativo. O desencarne é o grande nivelador Universal. E a passagem entre Planos é inevitável. Cabe ao espírito se lapidar durante o tempo cronológico que ainda sobra enquanto permance no Plano Terreno. Oxalá abençoe a todos. Que os mais evoluídos ensinem e os menos esclarecidos se dediquem ao próprio crescimento moral e espiritual.

Livro – ARQUEIRO DOURADO

agosto 11, 2009

Capítulo 1 – A Chegada Além Túmulo

O céu está claro, o Sol brilha por volta das dez horas da manhã. Ventos brincam numa cinzenta alameda de cimento, somente as folhas secas caem das árvores vez ou outra enquanto dois espíritos conversam sob um túmulo.

– Olhe irmão. Lá vem um belo cortejo fúnebre.

– Todo dia eu vejo pelo menos um.

– O homem que está ao lado do esquife, acompanhando o cadáver, tem as mesmas características dele. Ora grita e, em momentos, se acalma. Parece tentar chamar sua atenção.

– Ele está inconformado com o próprio desencarne.

– Imagino que seja assim mesmo.

– É assim. Foi contigo e serão com outros.

– Comigo? O que quer dizer?

– Que você também desencarnou há alguns dias atrás. Não se lembra devido ao choque. Os irmãos socorristas trabalharam perfeitamente e conseguiram recuperar seu corpo plasmado.

– Mas porque não me lembro?

– A sua mente akáshica precisou de reparos mais minuciosos. Foram exatamente três dias, a contar com o repouso. Por isso não se lembra do seu próprio enterro, estavas num hospital de uma Colônia no Plano Astral, apropriado para seu tratamento.

– Não pode ser. Estou vivo!

– Estás vivo, mas desencarnado.

– Como posso estar tão consciente?

– O espírito não morre.

– Não deveria eu estar num outro lugar?

– Cada caso é um caso. Uma série de fatores define o tratamento do desencarne.

– O cortejo está quase à nossa frente. Vamos avisá-lo de sua situação.

– Deixe-o, ele não entenderá.

– Quando poderemos auxiliá-lo?

– Em momento apropriado e autorizado.

– E se o fizesse agora?

– Ele não entenderia por causa da nossa diferente vibração. Seria como se só visse nossos movimentos labiais sem escutar o som emitido.

– Mas se fazemos parte deste novo mundo ele deveria escutar-nos, ver-nos, sei lá mais o quê.

– O Plano que estamos é o mesmo, entretanto existem diferentes  escalas vibracionais. Você ainda tem muito que aprender.

– Se estou morto, como vim parar aqui?

– Após o desencarne, quando acordou do tratamento, por motivo específico e individual, seu espírito ligou-se ao lugar que mais se afeiçoava na matéria: seu corpo físico. Atenção: considere que não são todos os espíritos que permanecem ao lado de seus cadáveres.

– Queres dizer que estamos sentados em cima de mim?

– Sobre vosso importante túmulo.

– Como sabe que meu cadáver está aqui? Que este é o lugar certo?

– Olhe na lápide. Reconhece os dados da placa?

– Sim. É meu nome Bandarra Gonzáles, data de nascimento também confere. Que dia é hoje?

– O tempo cronológico terreno não nos importa mais. Sei o que você quer calcular. São três dias após o que está na data de seu desencarne.

– Me explique porque exatamente recuperei a minha consciência aqui ao teu lado? Não poderia tê-lo feito na Colônia restauradora?

– Nada acontece sem a permissão e ordem de Deus, o Criador. Precisavas de um irmão espiritual para auxiliar-te durante o tempo que ficar neste sagrado perímetro, ligado à matéria. Acharam por bem deixar que você acordasse aqui.

– Suponho que seja você meu irmão espiritual Auxiliador.

– Exato. Permaneci pacientemente aqui até você aparecer.

– Bem, o cortejo fúnebre já passou. Podemos segui-lo?

– Podemos andar por todo perímetro interno deste Campo Santo (Cemitério). Jamais alcançar o lado externo dos brancos muros.

– Por quê? O quê acontecerá?

– Devemos respeitar a Lei de Omulu, Orixá regente do elemento terra. Enquanto estivermosem seu Pontode força estamos protegidos. Se sairmos ficamos expostos à própria sorte.

– O que poderá acontecer na rua? Já estamos mortos!

– Estamos desencarnados, livres da prisão de um corpo carnal. Entretanto existem outros Planos, que também ocupam o mesmo espaço físico, as vibrações deles se conectam e Portais podem se abrir a qualquer momento; tanto dos Planos positivos, com Seres e espíritos mentores, consoladores, orientadores, mestres, superiores, e tantos outros que irradiam e emanam energias positivas, quanto dos Planos negativos e adversos, perigosos, porém com Seres e espíritos trevosos, zombeteiros, brincalhões e afins, que perigosamente podem prejudicar a evolução do espírito.

– De que forma podem nos prejudicar?

– Sugariam energias e deturpariam o mental.

– O que podemos aprender nos Planos?

– A cada momento é dada a oportunidade de o espírito aprender, seja neste ou noutro Plano. Cabe a cada um se dar esse prazer.

– Aprender? Dentro dum cemitério?

– Acredite em mim. Primeiro deixe essa sua agitação constante. Relaxe, temos muito tempo pela frente.

– Estou curioso para ver o enterro do irmão que passou há pouco.

– Pode ir, mas lembre-se: não saia do perímetro deste Campo Santo.

– Já volto, assim que terminar.

Gonzáles volita naturalmente sem perceber até o túmulo do espírito recém-desencarnado. Chegando lá, enquanto o sepultamento procede, o espírito reluta ao ver seu corpo físico sendo enterrado dentro de uma câmara aonde irá se decompor.

Gonzáles: – Escute irmão. Pare.

Petrônio, o espírito recém chegado, percebendo que Gonzáles é o único a se manifestar por sua dor e mágoa, lhe dá atenção. Respira fundo enquanto seu corpo plasmado ainda treme por confundir os sentidos pós desencarne e aquieta-se em sua mente:

– O que está acontecendo? – pergunta perplexo.

– Você desencarnou. – diz Gonzáles.

– De que forma? – Surpreso pela afirmativa.

– Não sei. Vim aqui para avisar-lhe.

Neste momento um Ser que estava atrás de uma árvore, mas não quis aparecer fala uma única frase:

– Gonzáles, você foi orientado para não aparecer e se manifestar com este irmão.

– Quem é você? Apareça. – diz Gonzáles.

– E você quem é? – diz Petrônio.

– Sou um espírito que acabou de fazer a passagem como você! Meu nome é Gonzáles.

– Estão me enterrando. – diz Petrônio.

– Estão enterrando seu corpo físico.

– Tenho família para sustentar: mulher, filhos, etc.

– Acalme-se. Ficar nervoso e inconformado só piora a situação. Encontro-me como você, à procura de respostas a perguntas que ainda não sei como formular para obter melhor entendimento.

– De que forma consegues permanecer calmo?

– Acho que parte é de minha natureza compreensiva. A outra parte, suponho que seja devido ao tratamento que obtive em meu corpo plasmado após o desencarne.

– O sepultamento acabou, meus parentes e amigos estão se retirando em sentido à saída do cemitério. Eles não me percebem. Vou acompanhá-los.

– Serás impedido de sair.

– Por quê? Por quem? – diz Petrônio.

– Eu também não sei. Já te disse que sou novato aqui como você.

– Vamos para onde?

– Direcionaremo-nos ao meu túmulo. Deixei lá um companheiro, irmão Auxiliador, que me recepcionou quando cheguei.

Ambos caminham lentamente, percebem que conseguem observar mais do que os concretos armados das tumbas podem apresentar a um encarnado comum.

Poucos metros os distanciavam dos locais de seus sepultamentos. Ao se aproximarem do espírito Auxiliador, o mesmo desaparece desintegrando-se no ar como por encanto.

– Para onde seu amigo foi? – perguntou Petrônio.

– Não sei e prefiro não saber. – Respondeu Gonzáles

– O que faremos agora?

– Acho melhor não nos separarmos.

– Concordo. Perceba, não percebemos o tempo passar. Está quase anoitecendo.

– O espírito Auxiliador disse para não comparar o tempo do nosso espaço com o Plano Terreno.

– Mas ainda estamos na Terra.

– Num Plano Paralelo à Crosta Terrestre.

– Não estou mais entendendo nada.

– Psiu! Ouça. Escute os sons.

– São animais, devem estar perto.

– Eu identifico gatos, insetos, ratos,…

– Como conseguimos tal façanha?

– Perceba melhor: vozes…

– Nossa! É mesmo. Humanas.

– Provém dos túmulos.

A negritude da noite se faz presente. A lua está a pino. São exatamente 22:00h. As nuvens translúcidas enobrecem a arquitetura das estatuetas fúnebres construídas para enaltecer o poder econômico de seus proprietários, que adormecem os corpos físicos na eternidade transmutável da matéria orgânica terrena.

– Mas nos túmulos não existem somente os corpos físicos?

– Tais Seres devem estar por trás dos esquifes.

Ambos contornam vários túmulos e apesar de continuarem à procura, não encontram ninguém, nem nada a não serem gatos e camundongos.

– Bem, os felinos e roedores identificamos.

– Os insetos devem ser os internos das sepulturas, a corroerem os corpos pútridos, madeiras e até mesmo o concreto.

– E as vozes? De que forma explicas?

– O tempo revelará.

– Sinistro. Muito sinistro.

– Não devemos temer. É a lei natural.

– Não tenho sono. Será que dormimos?

Nesse instante o espírito Auxiliador aparece novamente e diz:

– Assim que vocês se restabelecerem, serão enviados a um local onde possam repousar tranquilamente.

Gonzáles: – Porque sumiste de repente?

Auxiliador: – Fui escoltar um novo membro que chegou.

Petrônio: – Você recepciona a todos?

Auxiliador: – A grande maioria dos espíritos.

Gonzáles: – Então você tem uma função aqui?

Auxiliador: – Sim, vocês também terão.

Gonzáles: – Viveremos eternamente neste cemitério?

Auxiliador: – Tudo dependerá de vossa compreensão.

Petrônio: – Existem espíritos que estão aqui há muito tempo?

Auxiliador: – Uns alojaram-se desde o início, outros passaram a fases de crescimento no Campo Santo, demais chegam, examinam os seus corpos já no sepulcro e seguem destino de merecimento.

Petrônio: – Qual a diferença entre um e outro?

Gonzáles: – Cada caso é um caso. São específicos.

Auxiliador: – Isso mesmo. Todos são examinados.

Petrônio: – De onde vêem as vozes que escutamos?

Auxiliador: – De vários lugares. Umas provêm de dentro dos túmulos, são irmãos espirituais que permanecem mentalmente acoplados vibracionalmente entre seu corpo físico e plasmático. Outras vozes são deste mesmo local, mas estão em Sub-Planos em escalas energéticas diferentes, são espíritos compreensivos, que angariam luz e esperam a oportunidade de evolução.

Petrônio: – E o que fazem ou falam?

Auxiliador: – Falam da vida carnal, das experiências, dos aprendizados passados e dos projetos futuros. Têm esperanças de acelerarem o progresso. Os espíritos mais ignorantes e desesperados por não entenderem sua fase reparatória, pedem socorro.

Gonzáles:   – De que forma podemos ajudá-los?

Auxiliador: – Apenas orientando. Não interferindo na situação dos mesmos. Pois eles têm a capacidade individual de superarem suas reais atribulações.

Petrônio: – Estou ansioso. O que faço?

Auxiliador: – Não tenham pressa. Tudo no Universo tem sua propriedade regeneradora e construtiva.

Nova obra – breve lançamento

TARÔ

julho 25, 2009

É o oráculo que providencia a resposta em menor tempo possível ao consulente, basta que o tarólogo que esteja manipulando-o, tenha dom, destreza e experiência. O tarô é um conjunto de cartas compostas de 22 arcanos maiores e 56 menores, formando um total de 78 cartas. A abertura do jogo varia de pessoa para pessoa, cada jogo é uma nova possibilidade, entretanto, na hora de fazer as perguntas o consulente tira de 3 a 7 cartas para obter a resposta. Existem vários tipos e modelos de tarô derivados de diversos países, com ilustrações, sincretismo e nomenclatura distinta. Na seqüência:

Arcanos maiores: 1.mago 2.sacerdotisa 3.imperatriz 4.imperador 5.papa 6.enamorado 7.carro 8.justiça 9.eremita 10.roda da fortuna 11.força 12.enforcado 13.morte 14.temperança 15.diabo 16.torre 17.estrela 18.lua 19.sol 20.julgamento 21.mundo. 22 ou 0 louco.

Arcanos menores:
são compostos por 4 naipes: copas ou taças, ouros ou moedas, paus e espadas, sendo do numero um ao dez, valete, cavaleiro, rainha e rei.

Os arcanos maiores definem a situação e os menores os detalhes.
O jogo de uma forma geral depende de alguns fatores, mas os principais são: defesa para não se absorver energias do consulente, corte de cartas e as perguntas esclarecidas antes da escolha das cartas.

MEDIUNIDADE

julho 25, 2009

A mediunidade é inerente ao homem. É um resgate de dívidas adquiridas em relações a vidas passadas e torna-se a oportunidade da evolução mais rápida também. Basta estudá-lo para entender a capacidade e tipo de fenômeno pela manifestação.
Todo médium passa por diferentes estágios durante seu desenvolvimento mediúnico.
Cabe ao médium verdadeiramente investido de brio e responsabilidades possuir propósitos honestos.


É essencial mensurar atenciosamente como falam e agem o médium e a entidade. Verificar se correspondem as exigências disciplinares, mentais e morais compatíveis com a doutrina espírita. Quanto mais graduada a entidade, maior será a responsabilidade do médium na conduta que deve pautar sua vida.

Exemplos de fenômenos: canalização, clarioufativa, clarividência, desdobramento, incorporação (mediunidade mecânica plena), inspiração, intuição, letargia, materialização, passista, psicografia, psicofonia, psicometria, pictografia, sensitividade, telecinesia, telepatia, transporte, vidência, xenoglossia.

Variedade de médiuns: analfabetos, de aparições, curadores, extáticos, facultativos ou voluntários, naturais ou inconscientes, noturnos, motores, musicais, pintores, polígrafos, poliglotas, de pressentimento, proféticos, sensitivos, sonâmbulos, suspensões, tiptólogos.
Faculdades de desenvolvimento dos médiuns: científicos, explícitos, exclusivos, de evocação, historiadores, improdutivos, incorretos, lacônicos, medicinais, novatos, positivos, religiosos, versificadores.


Bons médiuns:
Sérios: Que utilizam suas faculdades para o bem e finalidades úteis
Modestos: Não se atribuem nenhuns méritos pelas comunicações recebidas, não se julgam livres de mistificações. Devotos: Compreendem que têm uma missão a cumprir e deve quando necessário, sacrificar seus gostos, hábitos, seu tempo e interesses a favor dos outros.
Seguros: merece maior confiança em virtude de seu caráter e da natureza elevada dos espíritos que lhe assistem.
Experimentados: que têm experiência que se resulta do estudo e prática, observando os menores indícios.

Pontos dos Orixás

julho 25, 2009

PONTO RISCADO
É um campo de força, instrumento para os trabalhos mágicos efetuados pelas entidades que lhe dão uma função.
Definem: código registrados pelo astral, vínculos iniciáticos de falanges, identificam poderes.
O elemento utilizado pela entidade para riscar seu ponto é a pemba (giz de calcário), geralmente branca, existem também coloridas.

PONTO CANTADO
São formas de oração que se entoam nos trabalhos, com a finalidade de se obter uma harmonia de vibrações com as entidades e orixás. As ondas sonoras são energias em constante movimento. As letras dos pontos revelam muitas características da entidade e situação.

Guias, Entidades e Mentores

julho 25, 2009

NOMENCLATURA

A maioria dos mentores e guias espirituais ao se manifestarem, não dizem seus nomes, por não serem questionados pelos médiuns. Entretanto o nome explica muita coisa sobre o mesmo, por exemplo: o Mistério que trabalha, irradiação, vibração, poder de atuação, capacidade de movimento etc. Quanto melhor conhecer o guia, mais fácil é de fornecer elementos para seu trabalho, facilitando o desenvolvimento de ambos. Ex: Cabocla Pena Dourada é um guia que responde ao Mistério Oxossi em conhecimento e poder de cura, vibrando Fé de Oxalá, irradiando a Lei de Iansã e o amor de Oxum.

GUIAS – ENTIDADES – MENTORES: Na umbanda são espíritos de luz que têm um grau por aceitaram uma função perante a religião para colaborar na evolução da Criação.

CABOCLOS: São entidades com elevado grau espiritual, que em alguma encarnação passada foram índios e plasmaram-se na Umbanda no grau Caboclo de Oxossi. Excelentes passistas. Apresentam-se lépidos, organizados, conhecedores da natureza trabalhando com cura utilizando-se de ervas. Geralmente são chefes de falanges no astral e comandam o espaço mediúnico em plano terreno através do dirigente da casa. São únicos que possuem total autonomia sobre os guardiões exus.

Exemplo de Caboclo(a)s: Estrela de Cristal, Guaraciara, Indaiá, Iracema Flecheira, Itapotira, Jacira, Jandira, Jandira Flecheira, Jarina, Jupiara, Jupira, Jurema, Jurema do Rio, Jurema Flecheira, Juremera, Jussara, Mariana, Caboclinha da Mata, Águia azul, Águia Branca, Águia da Mata, Aimoré Caboclo, Araponga, Araraguara, Araribóia, Araúna, Arranca Toco, Arruda, Beira Mar, Boiadeiro, Bororó, Brogotá, Caçador, Capitão da Mata, Caramuru, Carijó, Catumbi, Cipó, Cobra Coral, Coração da Mata, Corisco, do Fogo, do Oriente, do Sol, do Vento, Estrela, Flecha Dourada, Flecha Ligeira, Flecheiro, Gira Mundo, Girassol, Guaraci, Guarani, Humaitá,Iara, Inca, Jibóia, João da Mata, Junco Verde, Jurema da Mata, Jurema do Mar, Juremero, Laçador, Lage Grande, Lírio Verde,Lua, Marajó, Mata Virgem, Olho de Lobo, Onça-Pintada, Oxossi da Mata, Pajé, Pantera Negra, Pedra Branca, Pedra Preta, Pele Vermelha, Pena Azul, Pena Branca, Pena Branca, Pena Branca Cacique,Pena Dourada, Pena Preta, Pena Roxa, Pena Verde, Pena Vermelha, Peri, Poti, Quebra Demanda, Quebra Galho, Rei da Mata, Rompe Folha, Rompe Mato, Roxo, Serra Negra, Sete Cachoeiras, Sete Cobras, Sete Demandas, Sete Encruzilhadas, Sete Estrelas, Sete Flechas, Sete Folhas Verdes, Sete Montanhas, Sete Pedreiras, Sultão da Mata, Tapindaré, Tibiriçá, Tira Teima, Treme Terra, Tupã, Tupi, Tupi Guarani, Tupinambá, Tupiniquim, Ubirajara Flecheiro, Ubirajara Peito de Aço, Ubiratan, Umuarama, Urubatan, Vence Tudo, Ventania, Vigia das Matas, Vira Mundo, Samambaia.

EXU: É um espírito que depois da morte, durante seu próprio julgamento no plano astral, observa que na sua última existência física carregou-se de negatividade. Também pode ser um espírito que foi despertado das trevas, e progredindo na escala evolutiva, trabalha em benefício dos necessitados. Cada bem que faz é uma luz que adquire. Sua cor essencial é cinza, porém é cultuado no vermelho por Ogum e preto por Omulu, seus mistérios de obediência.

Senhor Exu Capa Preta é o Guardião deste blog. Sábio espírito da antiguidade e atualizado pela sua evolução, mestre de alta Magia também é conhecido por Musifin. Passou por várias encarnações terrenas. Destacou-se como chefe da guarda de um grande império onde as leis eram feitas pelas espadas e a de alquimista, onde os valores simbólicos desapareceram com o passar tempo. Tem como lema principal a fidelidade perante os que lhe procuram.

Velas de Magia

julho 25, 2009

O uso das velas deu-se já no tempo das cavernas, quando o homem principiou a clarear sua moradia ao mesmo tempo em que reverenciava aos deuses pelas graças alcançadas. Hoje o uso de velas é um ritual simples. As mais conhecidas são: palito, votiva de 7dias e de magia.
As velas funcionam como agentes focalizadores da mente e auxiliam na concentração ou mentalização.
O uso de velas brancas é por influencia da igreja católica.
Com a divulgação das Sete linhas e as cores aplicadas a cada orixá, houve a procura das velas nas cores respectivas de cada linha.
Com a finalidade de render homenagem a determinadas divindades, passou-se a utilizar velas especiais, praticamente cópias em ceras das imagens, quer dos santos, quer dos orixás ou seus símbolos.
Uma característica no ritual da vela de magia é que depois de acesa, deve queimar até o fim. Dependendo da dificuldade da situação poderá apagar ou não mais de uma vez. Geralmente é ativada e trabalhada em conjunto de outros elementos para diversos fins. Geralmente são indicadas por guias, dirigentes espirituais e magos iniciados. Pois são poucos que sabem manipular a Magia esotérica (fechada) e as suas essências.
As mais conhecidas são: abre caminho, anjo da guarda, cadeado, cobra, coração, cruz, chave, cifrão, Cosme Damião, escada, espada, estrela, exu, figa, iemanjá, lua, nó, noivos, nossa senhora aparecida, pomba gira, retorno, santo Antonio, são Benedito, são Jorge, sete cruzes, sete pontas, sol, tranca rua, união.

Ervas

julho 25, 2009

São utilizadas por diversas religiões para variados fins, principalmente pelo sincretismo de divindades.
O processo de tratamento é feito de formas seqüenciais onde os rituais fazem parte dos resultados.
Na magia são usadas em mandalas, banhos, defumações e poções. Na religião em pedidos, oferendas e obrigações. Sempre orientada e supervisionada por um mentor espiritual ou dirigente. O Mistério regente das ervas é Vegetal, orixá Oxossi, sincretizado por São Sebastião. As frutas, folhas, legumes, grãos, raízes e sementes são utilizados também. As mais procuradas pela resistência física são, as ervas: Abri caminho, alecrim, amor do campo, anis estrelado, arruda, arrebenta cavalo, bardana, boldo, canela, capim santo, cascara sagrada, chapéu de couro, cipó caboclo, cravo, douradinha, escada de macaco, espinheira santa, fumo, guiné, ipê roxo, jurema, levante, louro, mão de deus, obi, olho de boi, olho de cabra, orégano, orobô, pata de vaca, pau tenente, pimenta, pinhão roxo, rosa branca/amarela/vermelha, sálvia, sene e urucum.